segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"Le Sacre"

 




"Le Sacre" - Dans l'intimite de la Cour Imperiale "Le Sacre" (2009) 
Ficha técnica: Autor e Coordenação Geral: Carlos Alberto Serpa 
Direção Artística: Márcio Fonseca Produção: Roberto Migani 
Elenco: Bruno Torquato, Sabrina Miragaia, Keyla Milanez, Bruno Padula, Michelly Coutinho, Areias Herbert, Gustavo Chermont, Flávio Back, Josias Azeredo, Charles Rocha, Anton Vasconcellos, Thais Abrantes, Jerusa Junqueira, Thalitha Chagas, Douglas Dias, Tatiana Fernandes, Luciana dos Anjos, Eduardo Barreto, Felipe Feder, Paola Carvalho. 

Sinopse: 1793 Roberspierre representa a grande força da Revolução e simpatiza com Napoleão, a esta altura já General de Brigada, por sua atuação em Toulon. Momentaneamente sem comando, Napoleão está com seu irmão Joseph em Marseille. Ambos conhecem, então, as irmãs Clary – Desirée e Julie, com as quais começam um romance. Com a morte de Robespierre, Napoleão é preso, mas consegue provar sua inocência. Volta à Marseille com a missão de encontrar e punir monarquistas, o que muito o desagrada, pois não se considera policial. Ele pede Desirée em casamento e vai para Paris. Tendo sucesso em várias missões, começa a freqüentar a alta sociedade de Paris, especialmente as festas de Madame Tallien, uma cortesã especialista em satisfazer os prazeres dos grandes dignatários. Desirée, sem notícias de Napoleão, vai procurá-lo em Paris, descobrindo que ele corteja a viúva Beauharnais (Josephine) e que com ela pretende se casar, conquistando também com isso o comando das tropas da Itália. Incidentalmente, Desirée conhece o General Bernadote, com quem se casará dois anos depois. Casado com Josephine, Napoleão recebe de Barras (ex-amante de Josephine) o comando das tropas da Itália, de onde retorna coberto de glórias, perdoando Josephine de suas traições, enquanto ele estava em batalha. A situação em Paris é instável, com o povo revoltado. Por outro lado, os tesouros conquistados por Napoleão tinham sido aniquilados. Aproveitando-se da situação, Napoleão manobra política e militarmente e é eleito Cônsul por 10 anos, começando a administrar o país, que volta rapidamente à prosperidade. Por plebiscito, seu mandato de Cônsul se torna vitalício. A Inglaterra promove um atentado contra Napoleão. E, em nome da permanência de uma Dinastia Napoleônica, o Senado, com o apoio do povo, transforma o regime em Império hereditário. Napoleão torna-se Imperador dos franceses. Em 12 de dezembro de 1804 é coroado e entronizado como Imperador na Catedral de Notre Dame, na presença do Papa Pio VII. Esta cena foi imortalizada na obra do artista plástico Louis David, na tela “Le Sacre”. “Le Sacre” Casa de Cultura Julieta de Serpa End.: Praia do Flamengo, 350 Tel: (21) 2551 1278


Fonte: http://www.casajulietadeserpa.com.br/



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Opinião: 
Para todos aqueles que apreciam a História, cultura francesa, boa gastronomia e um bom teatro, sugiro entusiasticamente que vejam esse espetáculo! No Rio de Janeiro, na Praia do Flamengo, centro cultural Casa Julieta de Serpa. Maravilhoso! Tudo ótimo: O roteiro (curto, mas dinâmico), a ambientação, o figurino, iluminação e a idéia de interatividade do público que saboreia um delicioso chá da tarde naquele magnífico salão, no melhor estilo londrino ou parisiense, enquando observa e participa dos acontecimentos históricos sobre o imperador Napoleão Bonaparte na França do Séc XIX! Na quarta-feira passada ao contrário do que li na internet, o espetáculo nada tem de brega ou ridículo como foi criticado em alguns meios (vide o que escreveu a jornalista Luciana Fróes no site do Rioshow do jornal O Globo do dia 17/04/09), foi simplesmente fabuloso! Desde o início do ano estava querendo ver essa peça tentando apenas arrumar tempo para isso, então depois de muito planejar, resolvi que seria no dia do meu aniversário. Não me arrependo e recomendo! Foi tudo excelente, com direito até a tirar fotos com o imperador e a imperatriz, receber os cumprimentos pessoalmente e até ouvir o "Parabéns pra você" por parte de todo o elenco trajado no final da apresentação na sala da catedral de Notre-Dame! Sinceramente, muito emocionante. Deixo aqui minhas congratulações para todo o agradabilíssimo elenco da peça que ao final do show foram espontaneamente conversar com o público. Em especial aos atores que fizeram o Napoleão (Bruno Torquato), o Bernadotte (Roberto Padula), a Desirée (Keyla Milanez), Mme Tallien (Luciana dos Anjos), o irmão do imperador Joseph (Gustavo Chermont) e como não lembrar do engraçadíssimo mestre de cerimônias Mr. Ségur (Areias Herbert)! Parabéns a todos! O que temos na verdade com esse espetáculo é uma bela e nobre tentativa por parte do grupo de atores daquele centro cultural, tentando trazer para a cidade montagens de um nível maior e de temas épicos, sem precisar contudo, de grandes superproduções "Globais", atores-celebridades para chamar atenção, verbas gigantescas e gordos patrocinadores que na maioria das vezes manipulam os espetáculos visando seus próprios interesses, lucros ou até mesmo desvirtuando o conceito das obras originais. Bom, a peça acontece durante o chá com os atores atuando bem na frente das mesas e até mesmo falando com a platéia. O salões da casa são um espetáculo por si sós e servem como "cenário natural", visto que o imóvel inteiro já significa um patrimônio pra cidade. A arquitetura eclética e a decoração de tempos em estilos franceses variados, ajudam a dar o tom. O roteiro começa nos situando na história um pouco antes de terminar a Revolução Francesa com Napoleão já com uma bela carreira militar durante o Diretório. Prossegue rapidamente, por meio do que seriam "cortes secos" no cinema, saltando para os pontos principais da sua biografia e também para momentos íntimos da corte pouco conhecidos pela maioria. Percebemos essas passagens de tempo pela mudança constante de roupas do imperador. Ele começa aparecendo com seu tradicional uniforme militar (Belíssimo e muito bem acabado por sinal!), com todos seus detalhes minuciosamentes recriados na indumentária; sabre, medalhas, botões, chapéu.., até a coroação com manto, coroa, espada, cetro e tudo mais que tem direito. Essa parte final, por exemplo, termina no segundo andar da Casa Julietta de Serpa em grande estilo. Reproduziram a tela que dá nome a peça "Le Sacre" do grande mestre da pintura Louis-David por toda a parede do salão com direito ainda a trono, estandartes, bustos, cadeiras e nós, o público, como espectadores daquela monumental ocasião. Muitos disseram que se sentiram como de volta no tempo cantando "La Marseillaise" na verdadeira Notre-Dame em 1804! Muito bom! Finalmente, termina o espetáculo com o gesto histórico da auto-coroação e o juramento do imperador que irá defender o código napoleônico e as leis na França eternamente. Tive pena quando acabou, pensei ter passado aquela experiência estética muito rápido mas ao olhar pro relógio, percebi na verdade que já havia quase duas horas de espetáculo e me dei conta que infelizmente era hora de ir... Bom, apesar do preço não ser lá muito barato mas compreensível visto que inclui também o lanche completo da tarde, fica aqui minha recomendação e opinião sobre esse belo evento. Mas um aviso: Corram! Porque a peça está em cartaz desde abril para as comemorações do Ano França-Brasil e vai só até o final do ano! Então era isso. Bonaparte estava coroado, assim como também o meu dia!

RM.

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