domingo, 26 de setembro de 2021

R.I.P. Ota

 













Falecimento do Ota.

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RM.

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"RIO - Morreu nesta sexta-feira (24) o cartunista, quadrinista e editor Ota, atuante desde os anos 1970 e que se destacou na edição brasileira da revista de humor "Mad" . Otacílio Costa d’Assunção Barros, nascido no Rio de Janeiro em 1954, tinha 67 anos.

O corpo do ilustrador foi encontrado em seu apartamento na Rua Ernani Cotrim, na Tijuca, Zona Norte do Rio. A morte, causada por um mal súbito , foi confirmada ao GLOBO pela família. Ota se sentiu mal na quarta-feira (22) e queixou-se com o dono do restaurante em que almoçava todos os dias, mas voltou para casa normalmente. Como morava sozinho e não retornou ao estabelecimento nos dias seguintes, o proprietário do local, juntamente com os vizinhos, acharam estranho e acionaram a família. Ao arrombarem a porta do apartamento, encontraram o artista morto

Em 1974, Ota se tornou o editor responsável pela versão nacional da "Mad", que marcaria sua carreira. Na revista, ele publicava os populares "Relatórios Ota", onde assinava arte e texto, combinado traço simples e piadas mordazes para dar sua visão sarcástica a temas como política, Rio de Janeiro, esquemas de pirâmide ou sexo.

Filho mais velho entre cinco irmãos, Ota tinha uma relação próxima com a irmã Constança e seus filhos, André d'Assunção e Iaci d'Assunção André conta que a vida do tio foi muito intensa e que ele o considera uma enciclopédia sobre produção editorial.

Os personagens do Ota eram a vida dele. Estar perto dele era ver as referências da vida real misturadas com a fantasia. A vida pessoal dele era totalmente refletida na arte. — recorda o sobrinho. —Uma das coisas que acho mais marcante nele foi a quantidade de pessoas que ele deu oportunidade para se lançarem.

Essa característica, de dar a chance para novos talentos, é reforçada pelo jornalista e especialista em desenho de humor, Ricky Goodwin, seu amigo pessoal e colega de trabalho.Além de muita gente nova ter começado profissionalmente nas revistas que Ota editou, ele abria espaço para veteranos que não tinham onde publicar seus quadrinhos- recorda jornalista.

(...)Em 1994, recebeu o prêmio de Melhor Revista Independente no Troféu HQ Mix pelo título "Revista do Ota", que teve apenas um número. Em 2005, assinou no Jornal do Brasil uma coluna sobre quadrinhos e, no ano seguinte, começa a publicar a tira Concursino para o jornal "Folha Dirigida"

Publicou de forma independente o e-book "A garota bipolar - o começo de tudo" em 2016. Em 2020, foi bem-sucedido o financiamento coletivo para publicação em papel da série, que aguarda lançamento.

Seu último trabalho público começou há quatro meses: em junho de 2021, passou a publicar tiras sobre a vida universitária no site da Faculdade Campos Elíseos, de São Paulo."

Fonte: www.oglobo.globo.com



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