terça-feira, 17 de outubro de 2023

Keith Giffen RIP











Faleceu esse dia 9/Outubro o ilustrador Keith Giffen

 ...e foi uma perda e tanto... 😔

Perdi a conta de quantas vezes copiei seus desenhos lendo Lobo, Wolverine, Liga da Justiça e etc. Não propriamente para imitá-lo, pois sabia que seu traço era muito característico e autoral (qualquer um sabia que era dele), mas para dominar expressão visual! ..Sim, na minha opinião, ele era um dos melhores nisso! Tantos quadrinhos de estética mais underground, "suja", contestador, irreverente, rebelde, ele produziu, imprimindo sempre uma expressão própria que devia representar sua maneira intensa e sem pudor de ver o mundo..

Adeus Cara...

RM.

...

Sobre:

"KEITH GIFFEN começou na Marvel nos anos 70, desenhando Defensores (finalizado por Royer), no melhor estilo carbono de Kirby, ganhando o coração dos fãs. Como escritor, seu estilo de pura algazarra filtrava o amor pelo quadrinho de aventura pelo viés da stand-up comedy, como se Larry David, ao invés de Seinfeld, escrevesse um melodrama semanal de super-heróis, onde a pancadaria ficasse em segundo plano, e as interações entre personagens como Batman, Guy Gardner, Billy Batson e Maxwell Lord fossem a coisa mais usual do mundo, e engraçada.

Esse sonho foi realizado na memorável LIGUINHA, a Justice League, depois International. Talvez a coisa mais original saída dos anos 80, a antítese do herói emburrado estilo Frank Miller, ao lado do beatlemaníaco J.M.DeMATTEIS, Giffen teve toda a liberdade possível da DC para esculachar todo o elenco, e trazer personagens que só poderiam sair da cartola de um Kirbymaníaco apaixonado: Scott Free tomou o centro da Liga, Guy Gardner se tornou o rockstar que amávamos odiar, e Batman, bem. Basta dizer que ler ou reler seu trabalho no título faz a gente rir muito. As sacadas eram espirituosas, o humor não se perdia na tradução, o desenhista Kevin Maguire entendeu tudo. Fizeram história. Daí Giffen criou o Lobo, o maior putardo das galáxias - tudo muito desbocado, sem-vergonha, mas acima de tudo, divertido. Teve também Besouro Azul, o Rocky Racoon. Figuras sempre desajustadas, imersas em situações ridículas, que daí quebram a quarta parede e conversam com a gente, dão aquela piscada: “Isso aqui é meio bobo, mas é demais, não é?”

Mas o amor de Giffen por HQ é insuspeito. E sua devoção pelo trabalho de Jack Kirby está não apenas em Defenders como em Legião Dos Super-Heróis. Seu traço era pura reminiscência e seus esboços e plots continham toda a vitalidade que permitia a colaboração ensolarada de DeMatteis. Os dois funcionavam por causa dessa dicotomia. Os imitadores tentam, mas o estilo de Giffen é mais que maneirismo. É como ele encara a própria vida. Foi embora com o humor que só os grandes tem: fez de tudo para evitar ir na Comic-Con, pediu desculpa aos fãs e...BWAH-HA-HA-HA-HA!"

Fonte: O Rei dos Gibis

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#keithgiffen

#jmdematteis 

#kevinmaguire

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