Agora foi embora o Veríssimo...
Que me ensinou desde pequeno que 'As Cobras' falam, são sábias e sarcásticas...
O Cinema, a Música, os Cartuns e agora a Literatura ficando mais pobre...
Luis Fernando Veríssimo RIP
😔
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"Luis Fernando Verissimo (Porto Alegre, 26 de setembro de 1936 – Porto Alegre, 30 de agosto de 2025) foi um escritor, humorista, cartunista, tradutor, roteirista, dramaturgo e romancista brasileiro. O artista também foi publicitário e revisor de jornal. Verissimo exerceu ainda a ocupação de músico, tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com mais de 80 títulos publicados, foi um dos mais populares escritores brasileiros contemporâneos. Era filho do também escritor Érico Veríssimo."
Fonte: Wikipedia
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"Cristovão Colombo examinou o tomate que o indígena acabava de lhe dar e exclamou:
— Um pomo d’oro!
O tomate reluzindo ao sol da América recém-descoberta pareceu ao almirante uma maçã selvagem. Colombo perguntou ao indígena para que servia aquilo.
— Saladas — respondeu o nativo. — Refogados. Molhos.
Colombo pensou na sua avó italiana, que cozinhava o espaguete que Marco Polo trouxera do Oriente, mas sempre reclamava que faltava alguma coisa. Colombo descobrira, além da América, o que faltava na macarronada da nonna . O “índio” quis saber o que Colombo lhe daria em troca do tomate, e Colombo lhe deu uma miçanga.
Que outras novidades o “índio” tinha para oferecer? A batata. Colombo teve uma premonição de fritas, noisettes e rotis, botou a batata na algibeira e deu em troca um espelhinho.
O que mais? O fruto do cacaueiro, de onde sairia o chocolate, com importante repercussão na história do mundo, principalmente da Suíça e da Bahia. E Colombo trocou o cacau por outro espelhinho.
O que mais? Fumo. Em breve todos estariam experimentando as delícias do tabaco, e o novo hábito se espalharia. Como um brinde, o “índio” incluiu no pacote a planta da coca, que daria um barato ainda maior.
O que mais? Milho. Aipim. Papagaios. E essa argola que você tem no nariz. É de ouro? Manda.
E Colombo ordenou a seus homens que recolhessem todas as argolas de ouro que encontrassem e, se fosse preciso, trouxessem os narizes junto. Em troca, ofereceu mais contas, que o “índio” recusou. Ofereceu mais miçangas. Moedinhas. Chaveiros. Vales-transporte. O “índio” recusou tudo. E como era impossível derrotar os invasores pelas armas, o “índio” amaldiçoou Colombo, e praguejou. Que a batata tornasse a sua raça obesa, o chocolate enchesse suas artérias de colesterol, o fumo lhe desse câncer, a cocaína o enlouquecesse, e o ouro destruísse a sua alma.
E que o tomate se transformasse em ketchup.
OBRIGADA, Veríssimo! ❤️"
Fonte: Maria Gadu
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