sexta-feira, 28 de julho de 2023

Stanley Kubrick Aniversário





























Stanley Kubrick

E essa semana (quarta-feira) estaria fazendo aniversário de 95 anos do maior diretor "Ogro" (era seu apelido entre o meio na indústria Hollywood kkk 😅) dos cinemas: Stanley Kubrick !

E então, qual foi seu melhor filme?

Não sei dizer qual foi melhor, talvez o mais iconográfico de sua assinatura seja 2001 A Space Odyssey... Porém, tenho um carinho especial pelo seu último, dos anos 90, único que pude verdadeiramente experimentar nos cinemas em sua época mesmo: Eyes Wide Shut (sim, para a obra de Kubrick, isso faz toda diferença! Seus filmes eram pensados, antes de mais nada, para o cinema). Mas também tem muitas outras obras primas dele para determinadas épocas da minha vida; The Shining, da infância, Born To Kill, fase punk, Spartacus, clássico das tardes (assim como os antigos cult em PB; Paths of Glory, The Killing, Killer's Kiss), Clockwork Orange, contestador, Lolita, erótico e etc.

Técnica, tema, forma, função, inovação, arte...
Kubrick e outros de sua geração, elevaram o cinema para outro patamar...

Mito !

RM.

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Sobre:

"Stanley Kubrick – Vida e Obra
 26/07/2019

Hoje é dia 26 de julho e, se estivesse vivo, Stanley Kubrick estaria completando 91 anos. E que forma melhor de celebrar seu legado além de fazendo um apanhado sobre sua vida e obra?

Stanley Kubrick nasceu nos Estados Unidos em 26 de julho de 1928, filho de um casal de judeus (apesar dele mesmo se declarar ateu) de classe média alta. Viveu sua infância e adolescência no Bronx e apesar de muito inteligente nunca demonstrou interesse nos estudos, seu negócio mesmo eram as artes. Desde muito cedo se interessava por literatura e fotografia, chegando até a trabalhar por alguns anos como fotógrafo na revista Look, antes de se voltar para a sua real paixão: o cinema.

Stanley foi casado 3 vezes: Primeiro com sua namorada da época da escola, Toba Metz, num casamento que durou apenas 3 anos; Depois com a dançarina e produtora teatral Ruth Sobotka, num relacionamento de 5 anos onde Ruth fez uma participação em seu filme “A Morte Passou por Perto” (1955) e foi diretora de arte do filme seguinte, “O Grande Golpe” (1956); e por último com Christiane Harlan (que veio a se tornar Christiane Kubrick), de 1958 até sua morte, após conhece-la no set de seu filme “Glória Feita de Sangue” (1957), e juntos tiveram 2 filhas, Anya e Vivian, além de Katherina, filha de Christiane de um relacionamento anterior.

Durante seus últimos anos de vida Stanley se tornou recluso e parou de dar entrevistas. Isso causou uma situação no mínimo peculiar: Um homem chamado Alan Conway começou a se passar por ele, prometendo emprego a atores e atrizes iniciantes, comendo em restaurantes caros às custas “do seu estúdio” e confundindo até mesmo os amigos pessoais dos Kubrick. Enquanto Stanley ficou encantado e se divertiu com a história, sua esposa Christiane ficou horrorizada e o mais legal é que existe um filme de comédia chamado Totalmente Kubrick (2005) com John Malkovich no papel de Conway!

Stanley Kubrick dirigiu 13 filmes e 3 curtas em 48 anos de carreira, além de servir como “produtor póstumo” no filme AI – Inteligência Artificial (2001) de Steven Spielberg, já que o projeto original era dele. Seus filmes foram indicados ao Oscar (27 indicações e 9 vitórias), ao BAFTA (30 indicações e 10 vitórias), ao Globo de Ouro (18 indicações e 2 vitórias), ganhou 3 Hugo Awards (um prêmio ao melhor trabalho em ficção científica ou fantasia) por Dr. Fantástico (1954), 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) e Laranja Mecânica (1971), além de inúmeras premiações em festivais de cinema pelo mundo.

Conhecido por ser EXTREMAMENTE perfeccionista em seus trabalhos, ele acabava por se tornar o “terror” dos atores. Jack Nicholson, que trabalhou com Stanley em “O Iluminado” (1980) disse que chegou a repetir a mesma cena mais de 50 vezes até que ela ficasse ao gosto do diretor. Apesar dessa quase obsessão, a grande maioria dos atores que trabalhou com ele ficava maravilhada com seus métodos e com seu quase paternalismo, sempre ajudando os atores na criação de seus personagens. Houve apenas um ator que jurou nunca mais trabalhar com Kubrick: o astro Kirk Douglas (pai do ator Michael Douglas), personagem principal dos filmes Glória Feita de Sangue (1957) e Spartacus (1960), não teve muitos problemas na primeira colaboração, mas ao assumir a produção executiva de Spartacus teve o famoso “choque de monstro” com Stanley. Acho que a briga de egos foi pesada demais e os dois terminaram o filme, que foi um sucesso estrondoso, odiando um ao outro.

Esse perfeccionismo de Kubrick é responsável por entregar filmes belíssimos e muito bem projetados. Em cada filme quase que é possível enxergar o diretor obcecado, debruçado sobre as horas e horas de imagens gravadas, escolhendo os melhores takes e colaborando na edição até ficar do jeito que ele quer. Por ter experiencia prévia como fotógrafo ele sabia exatamente como iluminar e posicionar uma cena, transformando a fotografia de seus filmes em uma experiência única.
Grande parte de seus filmes contavam com um jogo de câmera conhecido como “One Point Perspective” (que pode ser traduzida como “Perspectiva de ponto único”), onde toda a cena é alinhada de forma que se crie uma espécie de visão afunilada, onde seus olhos são quase que obrigados a se focar em um ponto específico bem no meio da tela.

Existem duas técnicas que Kubrick ajudou a perpetuar no cinema e são elas o chamado “Travelling”, onde a câmera vai acompanhando os movimentos dos personagens (e no caso de Kubrick, algumas vezes a câmera também se torna o personagem e passamos a ver as cenas pelos olhos do protagonista) e o “Zoom Shot”, quando a cena começa fechada em um personagem e depois vai se afastando para mostrar a cena completa desenrolando ao redor. Apesar desse método ser comum hoje, ele foi usado provavelmente pela primeira vez no seu filme de 1975 “Barry Lyndon”, com lentes caríssimas compradas da NASA que renderam o Oscar de Fotografia e o BAFTA de diretor, mas que não foram o suficiente para transformar o filme num sucesso de crítica.
É incrível como o Travelling é usado com maestria desde os primeiros filmes de Kubrick, datados do final dos anos 50, numa época em que não haviam tantos recursos disponíveis como temos agora.

Outra constante em seus filmes é o “Voice-over”, onde ou o personagem principal ou um narrador onipresente vão comentando o desenrolar da história para o telespectador. Apesar de alguns críticos acreditarem que essa é uma forma fácil e preguiçosa de se resolver problemas na hora de adaptar um livro pro cinema (coisa que Kubrick fez em 11 de seus 13 filmes), esses voice-overs se encaixam perfeitamente com o tom imersivo que Kubrick gosta de apresentar. Você se sente parte da história, torce pelos personagens e se encanta com eles.

Sua arte, sua técnica, sua mente criativa e seu perfeccionismo foram responsáveis por influenciar trocentos diretores famosos, que o viam como uma espécie de fonte de inspiração. Entre os mais famosos posso citar Steven Spielberg, Wes Anderson (que inclusive é muito conhecido por se atentar à simetria de seus filmes), James Cameron, Martin Scorcese e Christopher Nolan."

Fonte: https://colunageek.com.br/2019/07/26/stanley-kubrick-vida-e-obra/

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