sábado, 9 de dezembro de 2023

"T.E.G." o WAR/Risk da Argentina

 





































🇦🇷 "T.E.G." o WAR/Risk dos Argentinos! 🇦🇷

Nooossa...

E eu que descobri recentemente que nossos hermanos argentinos também criaram sua própria versão do Risk! 😀🎲

Se chama TEG e é uma abreviação de: "Plan Táctico y Estratégico de la Guerra".

Ele segue a mesma lógica do WAR, é um jogo de guerra mundial, com os exércitos em peças plásticas, cartas objetivos, dados para os ataques e defesas e etc., só que pelo que li na descrição de quem o conheceu, ele é mais complexo!

Achei meio confuso, mais "poluído", "barroco", uma mistura de Risk e suas vários versões com a base de regras do nosso WAR.

Ao que parece a qualidade das peças e materiais também são bem inferiores aos nossos jogos daqui, e o mapa mundi é estranhamente desenhado, meio  impreciso, lembrando aqueles mapas antigos da época das Navegações. Nele, outras mecânicas são trabalhadas, como; Controle de Área, Bloqueio, Gestão de Mão, Rolagem de Dados... Assim como os elementos; cartas objetivos diferentes, objetivo em comum para todos os jogadores existindo mesmo com as cartas objetivos, alianças (só que formais, pelas regras, não apenas de boca), mais territórios (50), territórios com mísseis e alcance variável de tropas (TEG La Revancha), territórios a conquistar e medidas diferentes pra quantidade de jogadores participando (TEG Junior), fronteiras que podem atacar e outras que não dependendo de normas internacionais (TEG II), enfim... Ele é meio estranho! 😅

É produzido desde 1976 pela empresa "Grow" de lá, a "Yetem", que assim como no Brasil, o lançou em várias edições diferentes ao longo do tempo em intervalos mais ou menos coincidentes com o WAR daqui. Já teve edição de continuação, edição temáticas (De Los Negócios e Independência), digital (aplicativo móvel), cartas e etc.

Assim, como nunca o joguei, não sei dizer se é bom ou ruim, melhor ou pior, mais demorado ou mais dinâmico que o nosso WAR... Não parece ser com essa quantidade maior de camadas de regras, mas sei lá... Pode ser, sim... Ele me lembra visualmente os wargames do passado, dos anos 30, retrô, com fichas no lugar de peças e material simples mas cheio de regras e exceções nelas... Bem a cara da Argentina, né? "Vintage", "Psi" (lotado de questões internas!), "acumulativo", "voltada pra si mesmo" (restrito até na hora de brincar de guerra! Kkkk), de visão particular do tema e "aguerrido"! 


😆✊🏻


RM


...


Alguns trechos da reportagem do blog Átomo:

"TEG

Hoje o assunto no átomo é mais uma vez War. Ou quase. Porque existe um jogo argentino muito parecido, que eu descobri sem querer, e sobre o qual eu já venho pensando em falar há um tempo. Quando escrevi o post anterior, pensei até em colocá-lo junto com War II e War Cards, mas a seção sobre ele acabou ficando muito comprida, e eu achei que seria melhor fazer um post em separado. Com isso, hoje é dia de TEG no átomo!

TEG - Plan Táctico y Estratégico de la Guerra é a versão argentina de War - vejam bem, de War, não de Risk: por mais que os argentinos digam que ele é "baseado em Risk", e que haja na Argentina uma discussão sobre se TEG é plágio de Risk ou não, as regras de TEG são quase idênticas às de War, o que torna muito difícil acreditar que eles pegaram as regras do Risk e mudaram exatamente as mesmas coisas por pura coincidência. Eu descobri o TEG numa loja de brinquedos quando viajei pela primeira vez para a Argentina, em 2011; minha esposa comentou que o tabuleiro era muito feio, eu não tinha pretensão de comprar um jogo argentino, e larguei pra lá. Quando estava procurando um terceiro jogo para fechar o post anterior sobre War, porém, me lembrei dele, decidi pesquisar, e descobri que TEG também tem outras versões, o que acabou me convencendo a escrever sobre ele.

Lançado em 1976 pela Yetem, TEG, como foi dito, possui regras quase idênticas às de War. As mais notáveis diferenças são o nome e a disposição de alguns territórios, e o fato de que as cores dos exércitos disponíveis para os jogadores são amarelo, azul, vermelho, verde, preto e rosa, ao invés de branco. A qualidade dos componentes, entretanto, é bem inferior à de War, sendo semelhante à dos daqueles jogos que aqui no Brasil são baratinhos e vendem em papelarias; os exércitos, por exemplo, vêm em caixinhas de papel e são compostos por fichas, daquelas redondas e finas, tipo as usadas em jogos de bingo e roleta, ao invés de pastilhas, só existindo fichas de um único tamanho, cada uma representando um exército - em compensação, cada jogador tem 100 fichas, ou seja, 100 exércitos. Os dados, apesar de grandes, são todos brancos, do tipo comum, sem diferença entre os do ataque e os da defesa. Mas o pior, na minha opinião, são as cartas: feitas de papel comum, também na cor branca e impressas em preto e branco, tanto as de objetivo quanto as de território, elas não possuem nada no verso, e vêm em uma folha inteira, sendo necessário destacá-las antes de jogar pela primeira vez, o que faz com que elas fiquem com aquelas "bolinhas" de papel nas bordas. As cartas de objetivo possuem apenas o texto e uma rosa dos ventos, enquanto as de território possuem apenas o nome do território, sem seu contorno, e uma figura que pode ser um canhão, caravela ou balão, usada para formar os grupos de 3 na hora das trocas.

Outra questão na qual TEG é inferior a War é que o mapa do tabuleiro, vamos ser francos, é bem feinho - os continentes são estilizados, e a África é totalmente deformada. TEG tem os mesmos 6 continentes, mas 8 territórios a mais que War, totalizando 50: América del Norte (laranja, 10 territórios - México, California, Nueva York, Terranova, Labrador, Canadá, Oregon, Yukón, Alaska, Groenlandia), América del Sur (verde claro, 6 - Brasil, Argentina, Uruguay, Chile, Colombia, Perú), Europa (roxo, 9 - Islandia, Gran Bretaña, Suecia, Rusia, España, Francia, Alemania, Italia, Polonia), África (amarelo, 6 - Sahara, Egipto, Etiopia, Zaire, Madagascar, Sudáfrica), Asia (verde escuro, 15 - Aral, Tartaria, Taymir, Kamtchatka, Siberia, Irán, Mongolia, Gobi, China, India, Japón, Malasia, Turquía, Israel, Arabia) e Oceanía (azul, 4 - Borneo, Sumatra, Java, Australia). Também vale dizer que a fonte usada no mapa é bastante estilizada, com todos os U sendo V, todos os N sendo ao contrário (И) e os pingos dos Is sendo enormes; apesar de isso não ter nenhuma influência no jogo, no Oceano Atlântico tem escrito "Mar del Norte", e, no Pacífico, "Mar del Zur".

Além de seus objetivos secretos, que devem cumprir para ganhar o jogo, todos os jogadores possuem um objetivo comum: conquistar 30 territórios (ou seja, 60% do total); em outras palavras, um jogador que possui exércitos em 30 territórios ganha o jogo, mesmo que sua carta de objetivo dissesse algo completamente diferente. Por causa disso, não é possível um jogador ganhar o jogo porque eliminou todos os outros e conquistou todos os territórios, já que, assim que conquistar o trigésimo, já terá cumprido o objetivo comum. As regras também preveem que, se um jogador tinha por objetivo destruir completamente um exército de uma determinada cor, e outro jogador o fez, ele passa a ter como objetivo conquistar 30 territórios. Curiosamente, as regras não dizem que os objetivos referentes às cores que não estão sendo usadas (em uma partida com menos de 6 jogadores) sejam removidos antes da distribuição, e sim que, caso um jogador receba um desses objetivos, seu objetivo passa a ser automaticamente destruir completamente os exércitos do jogador à sua direita.

Outra regra diferente diz respeito à troca de cartas por exércitos. Assim como em War, o número de exércitos que cada jogador recebe depende de quantas trocas ele já efetuou; a partir da terceira troca, porém, para ganhar uma carta de território, um jogador precisa ter conquistado pelo menos dois territórios na mesma rodada. As regras de TEG preveem que a troca pode ser feita antes de o jogador fazer seu primeiro ataque daquela rodada (troca ofensiva) ou após realizar seu último ataque, antes de remanejar seus exércitos (troca defensiva); exércitos obtidos com uma troca defensiva devem obrigatoriamente ser colocados no último território que o jogador conquistou. A troca defensiva só pode ser feita se o jogador conquistou pelo menos um território, mas nada impede o jogador de fazer uma troca ofensiva e não atacar ninguém, partindo direto para o remanejamento.

Uma coisa curiosa é que o manual de TEG traz regras para pactos: os jogadores podem propor um pacto de não-agressão entre dois territórios vizinhos, com um não podendo atacar o outro; um pacto de não-agressão continental, com o qual dois jogadores concordam em um não atacar os territórios do outro dentro de um continente qualquer; e o mais curioso, o pacto de declaração de zona internacional. Para firmar esse pacto, é preciso que dois jogadores tenham territórios que façam fronteiras com um terceiro, que será declarado zona internacional. Após essa declaração, os jogadores se alternarão no controle desse território, da seguinte forma: se o território é controlado pelo jogador A, o jogador B o ataca, o conquista, e deixa apenas um exército lá, para que o jogador A o ataque e o conquiste, deixando apenas um exército lá, e assim sucessivamente - isso garante que tanto o jogador A quanto o jogador B conquistem pelo menos um território a cada rodada. Segundo o manual, todos os pactos entre jogadores devem ser públicos, sem cláusulas secretas, e qualquer jogador tem o direito de perguntar, a qualquer momento, quais pactos estão em vigor. Um jogador pode decidir acabar com um pacto a qualquer momento, mas deverá esperar o outro jogar na mesma rodada caso ele ainda não o tenha feito."


Fontes:

Minha fonte de consulta foi o blog Átomo:

https://atomo.blogspot.com/

https://atomo.blogspot.com/2023/07/teg.html?m=1

Site Oficial Yetem: www.yetem.com

Site TEG: https://yetem.com/juegos/t-e-g-tradicional/


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